Entre os 120 projetos inscritos, provenientes de 12 estados brasileiros mais o Distrito Federal, o Instituto Tomie Ohtake e a Akzonobel anunciam os 10 selecionados pelo júri do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015, composto pelos arquitetos Abílio Guerra, Carlos Teixeira, Priscyla Gomes e Shundi Iwamizu.
O anúncio dos três primeiros lugares acontecerá em julho, no Instituto Tomie Ohtake, durante a abertura da exposição dos dez projetos selecionados, os quais serão reunidos em publicação.
Voltado a arquitetos brasileiros ou estrangeiros que vivam no Brasil há pelo menos dois anos, com até 45 anos de idade, e projetos arquitetônicos construídos durante os últimos oito anos, o prêmio procura valorizar a diversidade na expressão da arquitetura e formas de atuação que vêm definindo uma identidade na produção atual dos espaços construídos em âmbito nacional. A intenção é dar continuidade ao mapeamento da produção arquitetônica contemporânea, reunindo trabalhos que promovam discussão acerca das formas urbanas atuais nos seus diversos aspectos, tais como mobilidade, habitação, relação entre espaços públicos e privados, paisagens naturais e construídas, entre tantos outros desafios presentes em cada projeto.
A avaliação do júri levou em conta a qualidade do projeto relativa às soluções formais e técnicas utilizadas, assim como a consistência e a originalidade dos processos criativos envolvidos no seu desenvolvimento e construção. Os arquitetos responsáveis pelos três projetos premiados irão viajar para cidades internacionais de grande valor arquitetônico e urbanístico. Nesta edição, estes três primeiros colocados, além do Troféu e destaque no Catálogo do Prêmio, ganham viagens a Amsterdan, cidade sede da AkzoNobel, partindo da capital holandesa para Seul, Doha e Bogotá.
Juntamente com a exposição e um conjunto de ações educativas programadas, o Prêmio pretende dar continuidade à valorização e difusão do trabalho dos profissionais e escritórios no seu compromisso em potencializar a arquitetura contemporânea realizada no Brasil.
Veja a seguir os projetos selecionados:
COTA 10 / Rio de Janeiro, RJ
- Arquiteto: Pedro Varella
- Colaboradores:Julio Parente, João Paulo Quintella
- Escritório: gru.a arquitetos
- Data de finalização: 2015
Menos de um ano depois da derrubada (do elevado da perimetral), o projeto COTA 10 surge no contexto da mostra de ocupação artística “Permanências e destruições”, que ocupou diversos lugares da cidade entre janeiro e fevereiro de 2015. Através da construção de uma estrutura temporária o projeto promove um espaço de reflexão sobre a demolição do elevado na altura da Praça XV, aonde chegam todos os dias milhares de pessoas através das barcas que cruzam a Baía de Guanabara.
Edifício Corujas / São Paulo, SP
- Arquitetos:Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz
- Colaboradores:Ana Paula Barbosa, Marilia Caetano, Sonia Gouveia, Renata Davi, Gabriel Mota, Juliana Nohara, Bruno Milan, Felipe Bueno, Gabriel Ribeiro, Marina Almeida e Rodrigo de Moura
- Escritório:FGMF Arquitetos
- Data de finalização:2014
Localizado na Vila Madalena, a proposta para este edifício de escritórios foi a de criar um espaço mais informal e relaxado para o trabalho, indo na contramão dos tradicionais cubos de vidro espelhado corporativos. O ponto de partida foi o desejo de criar escritórios com espaços avarandados generosos, adequados para um uso prático, e jardins privativos. Além disso, deu-se ênfase a uma praça central, onde convergem todas as circulações dos conjuntos, que são abertas.
Casa Pier / Paraty, RJ
- Arquitetos: Gabriel R. Grinspum, Marina Simas
- Escritório: Ateliê GR
- Data de finalização: 2008
A casa píer foi construída para abrigar um barco durante a semana e o seu dono aos finais de semana. O uso alternado foi sugerido pelos próprios clientes, um jovem casal de velejadores paulistanos. O terreno fica no Saco do Mamanguá, RJ, um fiorde tropical acessível apenas por barco e sem energia elétrica, o próprio arquétipo do Paraíso Perdido.
Galeria Miguel Rio Branco / Brumadinho, MG
- Arquitetos: Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel, Paula Zasnicoff
- Colaboradores: Manoela Campolina, Michelle Andrade, Felipe Pederneiras
- Escritório: Arquitetos Associados
- Data de finalização: 2010
Implantado em um terreno em aclive envolvido pela mata, essa galeria redesenha a topografia para diminuir a massa construída visível, organizando parte do programa semienterrada e parte em um volume elevado com uma estrutura em balanço que visualmente flutua sobre o jardim e a praça de entrada, no intervalo entre os dois níveis expositivos.
Atelier Aberto / São Paulo, SP
- Arquitetos: Marina Acayaba, Juan Pablo Rosenberg
- Escritório: Ar arquitetos
- Data de finalização: 2012
O projeto propõe um exercício na relação interior-exterior e a sua materialização, pela ideia de limite (massa/opacidade) e continuidade (abertura/transparência). Uma praça semi-pública proposta no recuo frontal do lote invade o ateliê como uma rua entre densos prismas retangulares (edifícios), abrindo-se em uma praça interna, espaço para pintar.
Casa Maracanã / São Paulo, SP
- Arquitetos: Danilo Ribeiro Cardoso Terra, Juliana Assali, Pedro Tuma
- Escritório: Terra e Tuma Arquitetos Associados
- Data de finalização: 2011
A casa se desenvolve em três pavimentos, abaixo e acima da cota de acesso, na qual estão implantados a garagem e o hall de distribuição da circulação vertical. Ocupando toda a largura do lote, as empenas laterais desempenham também o papel de muros de divisa e, estruturais, são feitas com bloco de concreto autoportante.
Estúdio Madalena / São Paulo, SP
- Arquitetos: Anderson Freitas, Pedro Barros e Acacia Furuya
- Colaboradores: Adriana Domingues, Ana Julia Chiozza, Bárbara Francelin, Daniela Santana, Felipe Zorlini, Francisco Veloso, Gabriela Moura Campos, João Ferraz, Leonor Vaz, Lorran Siqueira, Maria Wolf, Marcelo Otsuka, Matheus D’Almeida, Vitor Costa
- Escritório: Apiacás Arquiteto
- Data de finalização: 2014
A intenção principal do projeto foi criar uma praça no térreo, conformado pela extensão do passeio público e preservando a vista da paisagem existente. O programa exigido contemplava dois programas distintos: moradia e trabalho. O edifício desenvolve-se em dois volumes independentes, para baixo e para cima da praça, cada qual com funções distintas, mantendo a cota da rua desimpedida.
Edifício João Moura / São Paulo, SP
- Arquitetos: Lua Nitsche, Pedro Nitsche e João Nitsche
- Colaboradores: André Scarpa, Rosário Pinho, Rodrigo Tamburus, Tiago Matsuhide Kuniyoshi
- Escritório: Nitsche Arquitetos Associados
- Data de finalização: 2012
O Projeto tira partido da topografia e da posição estratégica do terreno em relação à cidade.O terreno está localizado na Rua João Moura no fundo do vale por onde passa a Av. Sumaré. Na Av. Sumaré o edifício tem presença marcante e a fachada funciona como um grande painel, composto por aberturas e por anteparos coloridos. Na Rua João Moura o acesso está recuado 10m do alinhamento frontal, o dobro do exigido por lei, garantindo um respiro para rua, sem muros ou grades.
Alojamento para Estudantes | Ciudad del Saber / Ciudad de Panamá, Panamá
- Arquitetos: Eduardo Crafig Ferreira de Assis, Marcio Henrique Guarnieri, Fabio Kassai, Juliana Garcias
- Data de finalização: 2013
A análise do sítio, os aspectos geográficos, climáticos e espaciais- além da solicitação de uma construção em etapas - induziu a uma implantação e um partido arquitetônico bastante claros, onde os blocos dos alojamentos são implantados no sentido transversal ao terreno (NE/SO), paralelos entre si, formando pequenos pátios. Esses oito blocos (fase 1 + fase 2) são conectados a uma estrutura linear de circulação de uso comum, paralela à rua e longitudinal aos alojamentos (NO/SE), unificando o conjunto.
Escola Nova Cumbica / Guarulhos, SP
- Arquitetos: Pablo Emilio Robert Hereñú, Eduardo Ferroni e Pablo Hereñú
- Colaboradores: Renan Kadomoto, Bruno Nicoliello, Shine de M. Braga, Carolina Domschke, Carolina S. Yamate, Felipe Chodin, Henrique Arruda e Natalie Tchilian
- Escritório: Hereñú+Ferroni Arquitetos
- Data de finalização: 2014
As novas instalações da Escola Estadual Nova Cumbica substituíram construções preexistentes que se encontravam em condições precárias, subdimensionadas e apresentavam mal resolvidas suas relações como o entorno imediato. O desenho da escola e o desenho da cidade se qualificam mutuamente e buscam reforçar a dimensão pública que um equipamento dessa natureza demanda.
PREMIAÇÃO
1º Lugar – Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015
- Troféu e destaque no Catálogo Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015, em cerimônia oficial.
- Viagem a Seul, Coreia do Sul.
2º Lugar – Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015
- Troféu e destaque no Catálogo Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015, em cerimônia oficial.
- Viagem a Doha, Qatar.
3º Lugar – Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015
- Troféu e destaque no Catálogo Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015, em cerimônia oficial.
- Viagem a Bogotá, Colômbia.
O Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel 2015 é resultado de uma parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel que se insere dentro das perspectivas do Instituto como um centro cultural compromissado com o estudo e a divulgação das artes plásticas, arquitetura, e design contemporâneo.